"Um Congresso dedicado exclusivamente à Atenção Primária à Saúde, realizado a cada 2 anos pela UFPI na cidade de Teresina, desde 2012, este é o CIAPS. Neste ano de 2025, em sua sétima edição, ao abordar o tema “Ferramentas inovadoras para qualificação da APS e redução da mortalidade materna”, investe no cuidado à saúde da mulher, num dos períodos mais sensíveis do seu ciclo de vida, a gestação e o puerpério. A grandeza do tema será discutida por profissionais nacionais e internacionais, especialistas em diversas áreas afins, na busca de aprimoramento nos indicadores de saúde materno-infantil no Brasil. É um evento dedicado a todos os profissionais de saúde que atuem na Atenção Primária à Saúde. Indispensável e Imperdível!"
Antonio Seixlack
(médico e vice-presidente da Associação Brasileira de Fitoterapia)
"O CIAPS é um evento quase que fixo na minha agenda, estive nas edições anteriores e certamente estarei nessa e nas próximas. Eu considero o CIAPS como um espaço de interação, de intercâmbio de experiências e conhecimento, e também de muito aprendizado. Ao longo de toda minha vida profissional eu tenho atuado para promover o acesso e uso das evidências em todos os âmbitos e níveis da saúde pública, buscando fazer pontes entre a academia, a pesquisa e o serviço de saúde. O CIAPS é um terreno fértil de facilitação das conexões que eu preciso para entender e me aproximar destes diferentes contextos e ter uma melhor compreensão da saúde lá na ponta. Afinal, as evidências são globais, mas a saúde é local, é nas pessoas"
Verônica Abdala
(Gerente de Serviços e Fontes de Informação na BIREME/OPAS/OMS)
"O CIAPS será um momento importante de integração entre os programas de residência em Medicina de Família e Comunidade, e um espaço para os Médicos de Família e Comunidade do Piauí se encontrarem, para quem sabe organizarem-se numa Sociedade Estadual da especialidade."
Leonardo Cançado Monteiro Savassi.
Participar do Congresso Internacional de Atenção Primária em Saúde (CIAPS) é sempre uma grande motivação, com a garantia de boas surpresas e novidades na área, pelo empenho da organização e excelência dos convidados especialistas em várias disciplinas correlacionadas, impulsionando enorme valor agregado, atingindo o alvo principal que são as evidências na APS. É uma honra participar do VII CIAPS, seguindo inclusive o alinhamento da Comissão Temática da Saúde e Segurança Alimentar e Nutricional dos Observadores Consultivos da CPLP Comissão dos Países de Língua Portuguesa, em seu mais recente Seminário Internacional “Cuidados de Saúde Primários nos Estados Membros da CPLP” em Novembro de 2024, que adota a seguinte definição e propõe um diagnóstico de situação da Saúde Digital nos Estados-Membros, no decorrer do ano de 2025. É justamente sobre a Saúde Digital no Brasil que reportarei e debateremos durante o VII CIAPS.
“ Cuidados de Saúde Primários são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país possam manter em cada fase de seu desenvolvimento, num espírito de autoconfiança e autodeterminação, como parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do qual constituem a função central e o foco principal, como do desenvolvimento social e econômico global da comunidade”
Luiz Ary Messina
"A redução da mortalidade materno-infantil nas últimas cinco décadas é uma das grandes conquistas da sociedade portuguesa. Portugal está entre os países com mortalidade materna muito baixa, tendo alcançado esses resultados não só nesta, mas também em outras áreas da Saúde, mesmo sendo um dos países mais pobres da União Europeia. Isso torna suas políticas de Saúde particularmente interessantes para um país como o Brasil. O que pode ter feito a diferença?
Portugal possui um Serviço Nacional de Saúde que oferece acesso universal e gratuito aos cuidados na área da saúde materno-infantil, incluindo acompanhamento pré-natal e pós-parto. Existem também programas de saúde materna que padronizam as práticas em todo o país, focando-se na monitorização dos riscos durante a gravidez e no apoio às mães em todas as fases da gestação, com o suporte de campanhas de sensibilização. As gestações de baixo risco são, em sua maioria, acompanhadas por médicos de família e/ou enfermeiros de família ou de saúde materna e obstétrica (que também podem realizar partos de baixo risco), enquanto os obstetras se concentram nas gestações de maior risco. Além disso, são contratados indicadores de qualidade para o acompanhamento das gestantes na Atenção Primária, que impactam o salário dos profissionais de saúde. Por fim, foram feitos investimentos em infraestruturas hospitalares, que estão bem equipadas e contam com profissionais treinados para lidar com complicações obstétricas.
Nesta área da Saúde Materna, como em outras que consideramos essenciais, a política em Portugal tem sido de disponibilizar cuidados de qualidade, sem qualquer tipo de constrangimento, a toda a população que reside em Portugal.
Nos últimos anos, no entanto, a mortalidade materna tem aumentado, embora Portugal ainda se mantenha entre os países com melhor desempenho nesta área. A idade avançada das gestantes, gestações não monitoradas de mulheres que vêm de outras partes do mundo para Portugal apenas para o parto e a alta taxa de cesarianas em Portugal têm sido apontadas como causas.
No dia 3 de maio, no CIAPS 2025, falarei sobre esses dados e evoluções."
André Biscaia.
(Coordenador do Plano de Ação Para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde em Portugal )